domingo, 13 de setembro de 2009

Número 2 - aprender a valorizar o dinheiro

Meu irmão comentou comigo esses dias o que uma pessoa muito sábia disse a ele: que nós não temos mais dinheiro porque não o valorizamos. Fiquei pensando muito nisso, desde criança aprendi que o dinheiro não traz felicidade, que não podemos colocá-lo acima das pessoas e dos nossos valores pessoais, que os ricos oprimem e os pobres são coitados, sofridos.
Hoje, sei que a realidade não é bem essa. O dinheiro possibilita o crescimento, dá chance para que possamos ajudar os outros e promover progresso, qualidade de vida etc. Quem tem uma grande empresa tem muito dinheiro, mas por isso mesmo emprega muitas pessoas e faz a economia girar. O que é preciso aprender é não deixar o dinheiro mandar em nossa vida - um empresário pode ser um promotor de felicidade ou um opressor, é sempre o dono do dinheiro que escolhe sua serventia.
E por isso, hoje sei que ter dinheiro é, sim, muito bom. Contanto que sua busca não esteja acima de tudo e que tê-lo não signifique mudança de personalidade. É aquela velha história (Shakespeare, Victor Hugo ou Frejat, tanto faz quem fale, rs) - uma vez por ano é preciso colocar todo seu dinheiro na sua frente e dizer a ele: EU É QUE MANDO EM VOCÊ.
Pensei nisso porque ontem conheci uma pessoa que tem muito, mas muito dinheiro. E você jamais diria se a conhecesse, se a visse na rua. Uma pessoa simples, que se veste de forma simples, que gasta pouco com roupas e sapatos (e olha que, para uma mulher, isso me parece incrível), mas que sabe valorizar a tecnologia e o que ela pode fazer por nós. Tão diferente do protótipo da mulher rica que me levou a pensar na diferença de importância que as pessoas atribuem aos atributos que hoje nos fazem achar que uma pessoa é ou não mais rica do que nós.
Quantos comem pão para vestir Prada? rs. Salvo o exagero da frase, já conheci muita gente que valoriza infinitamente mais a imagem do que o conteúdo. E esse deve ser um dos maiores pecados do dinheiro, ao lado daquela opressão de que falei antes.
A gente trabalha para ter mais qualidade de vida, saúde, alegria. Se ter dinheiro significa perder qualquer uma dessas coisas, então algo está errado.
O que eu preciso aprender? A gastar meu dinheiro da forma certa e não entrar na dança do consumismo e da imagética dos dias atuais. Difícil, mas necessário.

Um comentário:

Ana Paula disse...

Eu fiz um pacto comigo mesmo...pensei, to precisando de alguma coisa urgente? não..então ficarei 3 meses sem comprar nada. Já estou no segundo mês amiga. Progresso!!!!