domingo, 4 de maio de 2014

Hoje tem um tema assombrando a minha vida. Não de um jeito ruim, na verdade, mas de um jeito presente. Que idade você tem? Por que essa coisa de idade mexe tanto com a gente e pesa tanto nesse mundo que deveria ser pós-moderno e aceitador (?) da diversidade?

Eu nasci em 1976. Mas podia ter nascido ontem. Tem gente que nasce com 20 e poucos anos porque acorda para a vida. Tem gente que nasce velho, parecendo cansado de tudo e de todos. E tem gente que morre mais jovem do que eu jamais vou ser. Isso fora o fato de que a gente renasce quase todos os dias, já que o sono é uma espécie de morte. E que vamos nascer de novos outras tantas para quem acredita em reencarnação.

Só que a gente inventou essa coisa de viver dentro de uma historinha com começo meio e fim. E é exatamente por isso que o povo morre de pena quando alguém morre “antes da hora”. Ãh? A gente aprendeu a tecer um planejamento – nasce, cresce e morre, do tipo plantinha fazendo fotossíntese. Só que a vida humana não é transformação de estado simplesmente e tem muitos que vivem em um ano o que outros levam uma vida inteira para não viver.

Os 5 primeiros minutos de um filme podem valer o cinema. E um beijo sem fôlego que te deixa tonto pode valer mais do que um ex-namoro de 5 anos. Tudo depende de peso e medida e de como você (escolhe) vê a vida. Um “estou velho demais para isso” te trava, enquanto um “por que não?” abre mil portas. Achar que passou da hora constrói muros, enquanto sempre acreditar que há tempo abre portas. Por isso, tudo depende da sua idade mental.




A duas semanas do meu aniversário, dados os últimos acontecimentos da minha vida, me peguei pensando hoje que não tenho a idade que tenho, ou a que deveria ter (???). Eu brinco sempre que estamos 10 anos defasados na tal maturidade (?). Os 37 são os novos 27, então? Mais ou menos por aí. Afinal, a gente tem a idade dos sonhos, das buscas, das ousadias, dos amores e da fome de vida que tem. E isso pode ser bom ou ruim. 

Bom se for combustível para viver mais e melhor, para se permitir mais, para deixar de lado convenções sociais (I try) e pensar que a vida é aqui e agora. E ruim se for desculpa para zero responsabilidade, especialmente se for com os sentimentos do outro. Eu vou continuar abraçando a parte boa e comendo pipoca na frente da TV, dançando ao som de música boa, rindo de doer a barriga, cometendo pequenas loucuras que deixam a vida mais leve. E rejuvenescendo a alma, a cada ano que passa.