terça-feira, 23 de outubro de 2012

Criança da nova era

No final de semana, procurando por alguns títulos de livros para comprar, acabei me deparando com alguns textos falando sobre as crianças da Nova Era, um tema que me fascina. E li algo que me deixou seriamente preocupada.
Antes, um comentário: as informações que nos chegam de todos os lados certamente já vêm de uma nova consciência, mas é preciso que mudemos muito ainda nosso nível de compreensão para entende-las e para separar o que realmente importa para nossa vivência atual.
Por que eu estou falando isso? Porque li uma crítica a um texto que informava que 90% das crianças do planeta (ou que estão chegando ao planeta, não me recordo da exata expressão) são crianças de Jesus (como se as outras e todos nós não fôssemos), índigo, cristais etc. 90%? Não concordo 100% com a crítica (http://www.voadores.com.br/site/geral.php?txt_funcao=colunas&view=4&id=142), achei um pouco dura. Mas concordo totalmente que estamos usando a informação recebida para disfarçar ou justificar nossas compensações, como se agora: “ufa, meu filho pode ser especial como eu sempre quis e eu posso me desfazer de todas as responsabilidades com sua educação, já que posso aceita-lo como é e não tenho que impor comportamentos”.
Uou, espera aí: de onde veio essa suposta entrega a uma “nova forma de pensar e agir”, travestida de nossos erros? Ou seria o contrário? Vou dizer no que eu acredito para quem estiver lendo entender minha opinião: eu sou espiritualista, acredito totalmente que estamos vivendo uma mudança energética no planeta, que nossas percepções estão sendo ampliadas e que os espíritos que estão chegando sabem mais do que nós (ainda bem, né?) vão nos ajudar nessa mudança. Como diz o Lázaro: se os que desencarnam são mais sábios do que antes, porque os que encarnam não seriam?
Também acredito que é preciso quebrar com paradigmas ultrapassados e que nos foram impostos por milênios, para que saibamos viver nessa nova etapa de energia. Precisamos, com isso, criar novas formas de ensinar e educar, entender que a velha regra do ”cala boca que quem manda sou eu” já não serve para explicar a necessidade de aprender a conviver em sociedade e a entender a vida e a preservar as relações e o planeta. Para mim, estamos sendo obrigados a isso, pois as almas questionadoras que estão chegando nos obrigam a repensar valores e regras. E refazê-los, não eliminá-los. Deu para entender?
Conviver em uma nova etapa astral não significa ser permissivo e esquecer de olhar para dentro e entender o que de nosso comportamento é na verdade provocado por medos, ansiedades, faltas, desejos reprimidos e o que é mesmo uma imensa vontade de fazer diferente. Não significa deixar de pensar que ações nossas vão causar danos futuros aos pequeninos. Não significa ser isento da necessidade de separar o que é desculpa para um comportamento nosso que é criticado socialmente e o que é, na verdade, uma escolha consciente de mudar a maneira de educar.
As crianças das estrelas, como são chamadas, na minha humilde opinião, nada mais são do que espíritos de outras esferas, designados para trazerem para a Terra novas formas de pensar e agir. Perfeitos eles não são, pois isso significaria que chegaríamos a uma esfera de perfeição, o que não é verdade. Evoluiremos, sim, mas ainda teremos que conviver com nossas imperfeições, nossas e deles. E por isso mesmo, pela inteligência mais apurada que nossas crianças trazem, é preciso ser mais presentes na educação deles, mais atentos às nossas próprias ações, que servirão de exemplos de vida para os futuros adultos na nova Terra.
Como ainda somos limitados! As informações são novas, mas a interpretação continua velha. Vamos acordar, minha gente! Índigo, cristal, safira, rubi etc. Sejam de que origem e cor nossos filhos forem, apesar de precisarem de mais espaço, mais flexibilidade, eles ainda carecem do conjunto educação–exemplo–presença–amor–limites para serem adultos saudáveis e aptos a manifestar totalmente seus poderes estelares. Pronto, falei.