domingo, 27 de dezembro de 2009

Terminei Amanhecer...

A despeito de todas as críticas que me fizeram (não sabia que as pessoas se importavam tanto assim com o que eu leio e consumo, rs), eu peguei o primeiro emprestado, comprei o segundo e o terceiro e ganhei o último de natal. E concordo plenamente com o que disse uma outra leitora da saga: vou sentir saudades de Bella e Edward.
Sim, eu gostei de Crepúsculo. Minha mãe ficou brincando comigo os 2 meses que eu levei para terminar a leitura (obviamente por causa da demora do correio e do natal), dizendo que eu estava lendo os mesmos livros que minha afilhada de 14 anos. E nem sei se é verdade - quer dizer, acho que ela só está vendo os filmes e colando posters (provavelmente do lobo Jacob) pelo quarto.
Na verdade, como já tentei falar em dois posts anteriores, eu quero muito ser livre para gostar do que eu quero e que me faz feliz, e ponto final. Nossa, foi péssimo ver o olhar de desaprovação das pessoas à minha resposta para "o que está lendo?". A maioria esmagadora nem leu o enredo dos livros. Vê notícia na tevê e nos blogs sobre fãs enlouquecidas, atores bonitinhos (e como, uau!), orçamentos exorbitantes e resultados volumosos nos cinemas e torcem o nariz.

Eu nem sabia direito do que se tratava, vi o filme em casa, enroscada no meu maridinho, achamos meio adolescente mas muito fofo. E aí decidi ler o livro. E só. Depois comecei a ver como as pessoas comentavam, falavam, mas aí, eu, sem saber de tanta coisa em torno da saga, já estava perdidamente apaixonada pela história, torcendo prá Bella deixar de ser medrosa e se jogar na imortalidade e, principalmente, totalmente intrigada com o estilo de narrativa simples e envolvente da autora.
Depois de terminar tudo, e já ter vontade de reler umas partes prá entender direito como ela criou algumas lendas e histórias, acho que entendo porque é tudo tão interessante... Os livros falam sobre algumas coisas que mexem mesmo com o coração, e não apenas de amor - também desprendimento, empenho, respeito às diferenças, coragem, coisas extraordinárias, como seguir o próprio coração ou dar a própria vida para ver a felicidade de quem se ama, todas essas coisas especiais estão permeando a história de seres fantásticos.
E vivemos em um mundo que celebrizou poucos, massificou tudo, nos deixou apáticos. Nos sentimos tão pouco, tão pequenos. Ansiamos tanto e somos tolhidos pelo autoritarismo cultural, pelos padrões que devemos seguir para sermos aceitos.
A possibilidade de ser especial, de ser importante para um determinado grupo, de pode escolher seguir aquilo que se ama, e, principalmente, não aceitar simplesmente as regras ditadas, mas tentar modificar o mundo para melhor, nem que seja seu pequeno mundo, funciona como um imã para quem quer ir além.
O livro começa com cada ser em seu próprio grupo: vampiros, humanos, lobisomens, vampiros que matam humanos, vampiros "vegetarianos". E essa menina extraordinária, que se acha simples demais, mas que nem por isso deixa de seguir o que lhe diz o sentimento, acaba por unir todos aqueles que são bons e até mesmo conquistar o respeito de quem ainda não se adequa à convivênvia.
O mundo muda por causa dela. Por ela ser especial. E o que ela tem de especial? Ela aceita o que não pode mudar e tira coragem de onde não existia para mudar o que considera injusto. Mais do que uma história de amor para os românticos invejarem, é uma história de coragem, estima, amadurecimento, escolhas, construção.
Meu irmão disse que "fui longe" nessa análise. E talvez eu tenha ido mesmo. Só sei que terminei o livro diferente, com outros olhos para o mundo. Acho que é assim quando adquirimos cultura, não é mesmo? Seja ela de que estirpe for...

Obs. Marquito, to pronta para "Vampire Diaries"... rs.

Um comentário:

O mundo de Sofia disse...

Muito bom madinha querida!
Você enxergou tudo que um adulto não enxergaria nesta saga incrível !!
Obs: Eu li todos os livros, não tenho posters do Jake e acabei de ver Lua Nova e ainda não vi inteiro!
bjs&meliga!
Te amo!