terça-feira, 25 de setembro de 2012

OK, OK, PODE RESPIRAR!!!

E então, a grande mudança aconteceu, como previsto. Mas, ao contrário do que alguns podem pensar, ela não foi planejada. Intimamente, como era de se esperar da minha alma taurina/pisciana, eu desejava permanecer onde estava. Porque tudo parecia estar se encaixando, finalmente. E tudo estava confortável – Enzo na escolinha, perto do pai, Eu trabalhando, numa casa adorável, morando com meu maninho Marcus e relativamente à vontade com tudo na minha vida. Eu sentia uma solidão latente (e será que ela não segue existindo) por estar longe de grande parte dos meus – família, amigos do coração. Mas dava para lidar e eu já estava com planos para diminuir a distância. Mas neles não estava uma mudança total de vida. Mas aconteceu.
E aí foi assim: numa semana recebi o convite para conversar, na outra semana fui chamada, na outra já estava trabalhando. Nesse meio tempo rolou uma mudança mesmo – me desfiz, sem brincadeira, de 60% do que eu tinha, e ainda fui xingada pelo meu irmão: “pô, como tu tem coisa de cozinha”, rsrsrs. Deixei eletrodomésticos, móveis e até a cama nova (buááááá). Mas que bom que ele ficou com uma casa praticamente montada! Tropeços e falta de dinheiro à parte (bancos, obrigada incrivelmente pela greve NESSE EXATO MOMENTO! Grrrrr) o pior foi fazer os 40% das coisas que sobraram, minhas e do Enzo, caberem em um quarto (que ainda tem todas as roupas da mama) e achar a escolinha ideal pro meu filhotinho.

Por ideal leia-se: a melhor estrutura e a mais perto do trabalho – sim, porque com tantas mudanças na vidinha dele, quanto menos tempo ele precisasse ficar longe de mim, melhor, né? E consegui (Ufa!) – o lance agora vai ser pagar, mas aí entra a ajuda abençoada do pai dele, of course – e, como o picutuxo tinha ficado 1 mês grudado em mim, o difícil foi a nova adaptação. Chorar na entrada da escola era algo que ele já fazia. Mas ele descobriu outra maneira da mãe ficar, digamos, totalmente arrasada: parou de comer! De berçário 2, pelo desenvolvimento dele, passou a Maternal I aqui em Floripa. E a comer de tudo, sem aquelas coisinhas de bebê. Fora isso, ele sacou que eu fiquei mal, muito mal. E aí, já viu.


Só na bolachinha, só no santo Nutren, e em casa: comendo de tudoooo. Sacanagem, filho, vai ser esperto assim lá em casa, viu? Levei no pediatra, ele está ótemo, perfecto, incrivelmente inteligente o bichinho. Receita de florais para aceitar mudança e diminuir o medo do novo. E uma semana depois: já há indícios de almoços e lanches (de sucrilhos, vejam só) na escola, e um tímido “tia Deuba (Débora)” junto com mamãe, vovó e bisa. As mulheres da vida dele, rs. Já foi ajudante de turma, se vestiu de primavera e fez bolinhos de areia. PARA TUDO: MEU FILHO BRINCANDO DE BOLINHO DE AREIA? Estou no paraíso.



Claro que não estamos, nem ele e nem eu, 100% adaptados. Há muito ainda que aprender, que refazer. Sei que cada vez que ele vê o pai no skype a saudade só cresce e torço prá logo eles poderem se ver pessoalmente. Mas como eu disse: fomos empurrados para essa situação. Não foi planejado – até porque eu não planejaria algo que seria tão sofrido assim. Mas apesar de tudo, vejo meu menino tão esperto, falando de tudo, comendo sozinho, super independente (tá, menos, Katiuscia), convivendo com a prima, com os tios. Tudo tem um lado bom, uma compensação, né? E esto aprendendo a entender que sempre estamos onde temos que estar, vivendo o que temos que viver para aprender o que devemos aprender naquele momento. Basta aproveitar a oportunidade e crescer. Amanhã sabe Deus o que nos está reservado.



Filho: te amo mais que a mim. Obrigada por ser esse raiozinho de sol na minha vida!

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