terça-feira, 24 de julho de 2012

Vida longa à nova vida!



 

Se eu pudesse resumir os últimos 9 meses da minha vida, a palavra seria MUDANÇA. Minha vida e da minha mais preciosa companhia, o Enzo, que completa no próximo dia 09/08 seus 1 ano e 9 meses, que passaram muito, mas muito rápido. Antes do Enzo nascer, não que tudo era só calmaria, mas as mudanças eram morosas, demoravam a acontecer. E embora eu sentisse às vezes a necessidade desse movimento, eu sentia medo de mudar; havia uma sensação estranha de perda relacionada à mudança.

Nesses meses que se passaram desde outubro do ano passado, a verdadeira gestação de uma nova vida, o que menos senti foi medo de mudar. Em contrapartida, as mudanças vieram a galope, uma atrás da outra. A cada semana algo acontece, muda a direção. Mais ou menos nessa ordem, vivemos uma separação, uma mudança de casa, uma viagem de férias (a primeira desde muito tempo), uma internação hospitalar por causa de uma urticária gigante (da qual até hoje nenhum médico descobriu a real causa), outra mudança de casa, e uma nova internação por causa de uma queimadura com água quente (a maior dor da minha vida, vale um post sobre isso no final).


E quando tudo já parece ter acontecido, eis que me vejo agora em busca de um novo caminho profissional, que pode nos levar sei lá para onde. Mudanças. Uma atrás da outra. E nenhum medo. Nenhuma sensação de falta de ar, ou de vazio no peito, sequer uma palpitação. Ao contrário, uma certeza de que as coisas caminham para onde elas realmente deveriam estar. Podem me chamar de louca.

E nesse meio tempo, Enzo e eu aprendemos muito, com a própria vida e um com o outro. E crescemos muito, ele mais do que eu, claro, rs. Brincamos, rimos, nos divertimos, choramos juntos, ele levou bronca e eu fui depois chorar escondida, rs. Me senti sozinha muitas vezes, mas muito livre em outras. Precisei de ajuda, pedi ajuda, tive ajuda (às vezes não). Senti falta da minha mãe, da minha vó, dos meus irmãos. Até que um deles veio morar comigo (outro bom companheiro de viagem, o Marcus, dindo do Enzo). Mas continuei sentindo falta de todos os outros também. Sou uma menina de família, e daí?


E faltou dizer que também passamos pela experiência da morte. Para mim, de uma maneira como nunca havia acontecido – tão presente, tão consciente, tão triste e tão bonita. Meu tio Xandi, meu irmão mais velho, deixou esse plano e foi fabricar boa música e sorrisos do lado de lá. Chorei muito, até mesmo de felicidade por ter tido o privilégio de ter uma pessoa assim na minha vida. Dessas que deixam saudade.


Foi uma gestação bem movimentada, mas descobri que a maternidade me fez mais serena e forte. Criança dá trabalho, mas é tudo de bom. Para quem, obviamente, está disposto a desempenhar mesmo o papel de mãe/pai.

Sobre o maior susto da minha vida
Enzo não é um bebê mexeriqueiro. Normalmente brinca com as mesmas coisas, é até um pouco metódico às vezes. Descobri da pior maneira que isso não é tão bom assim, porque nos faz relaxar e esquecer que criança é uma caixinha de surpresas e que cresce muito rápido. Um belo dia, do nada, coisa que nunca tinha feito antes, meu pequeno se estica de um jeito que nunca mais fez (vai entender) pra alcançar nada, e com a ponta do dedinho puxa a bacia com água quente onde eu esterilizava os bicos de mamadeira e as chupetas. Eu nunca tinha feito isso com ele acordado (era sempre a última tarefa do dia), então nunca tinha me preocupado – de qualquer forma, ele NÃO ALCANÇAVA naquela altura até então. Ah, nem vou explicar mais. Foi o pior pesadelo, a pior noite da minha vida inteira até agora. 7 dias de internação – a única coisa boa é que os bebês tem uma recuperação fenomenal, então o que passamos depois foi mais o estresse de estar no hospital, os frequentes medicamentos e o medo que ele passou a ter do banho (porque o primeiro foi bem traumático). Mas hoje as marquinhas são bem leves e, segundo os médicos, com filtro solar e longe do sol, até o fim do ano não devem mais existir. Cuidados triplicados (sem surtar, claro, porque criança é criança), experiência cumprida. Agora um tempinho de calma, por favor?

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O tempo voa...

... eu fiquei muito tempo sem escrever. Boa parte dele porque simplesmente eu não sabia o que dizer. Tanto aconteceu, e ficou difícil expressar em palavras - mesmo para mim, que falo tanto, rs. Mas hoje eu fui atualizar um perfil profissional e lá estava o endereço do blog. Entrei e pimba: me apaixonei de novo pela idéia de escrever. Só escrever. Pela milésima vez, me apaixonei pela expressão. E decidi ao menos colocar aqui esse insight Divino. Prá dizer que vou tentar resumir - primeiro na mente - tudo que quero dizer desse tempo todo. E aí eu vou escrever. E postar foto nova do meu sol particular, porque eu continuo sim, irremediavelmente apaixonada pelo meu filho. Até!